segunda-feira, 24 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
Instantaneidade de Fluxos no Trajeto
Perceber o toque
O calor que chega e de repente entra e quer interagir.
E o medo, de que se entrar:
"Gostaria que ficasse
e que nao só fixasse
que acompanhasse
e que tivesse um dramático paradeiro..."
Mas por que o interesse vai ao ponto culminante da carência?
Ela existe...
Sempre há o desprendimento.
E tudo mudou quando percebi que nao preciso levar minha paixão pra casa.
O calor que chega e de repente entra e quer interagir.
E o medo, de que se entrar:
"Gostaria que ficasse
e que nao só fixasse
que acompanhasse
e que tivesse um dramático paradeiro..."
Mas por que o interesse vai ao ponto culminante da carência?
Ela existe...
Sempre há o desprendimento.
E tudo mudou quando percebi que nao preciso levar minha paixão pra casa.
domingo, 16 de março de 2008
Voz e corpo: de volta à Paris do século XIX
Olhando para a história, é possível destacar um ponto nela em que as duas dimensões que tanto nos interessaram nesse fim de semana - voz e corpo - se cruzam. E um ponto que diz respeito diretamente a algumas pessoas do grupo.
No fim do século XVIII e início do século XIX, uma certa preocupação por parte do poder público europeu começou a aparecer: as trabalhadoras e os trabalhadores industriais das nações européias (vulgos cidadãos) necessitavam de um preparo corporal para aguentar as jornadas de trabalho nos campos e nas indústrias que se multiplicavam nas cidades.
É nesse contexto que vão surgir as primeiras formas, organizadas e justificadas cientificamente, de práticas de exercícios físicos. Essas formas metódicas ficaram conhecidas como Métodos Ginásticos Europeus, desenvolvidos principalmente na França, na Suécia, na Dinamarca, na Alemanha e posteriormente nos Estados Unidos, onde se incorporaram as YMCAs.
Na França, mais especificamente em Paris, destacou-se a figura do Coronel Amoros, que a pedido da Coroa Francesa, construiu um dos primeiros Ginásios da Europa, que na época fazia parte do Real Instituto Pestalozziano, escola destinada inicialmente a formação de engenheiros e oficiais, mas que posteriormente se expandiu para outras classes. E dentro do programa Ginástico de Amoros encontravam-se as aulas de Canto e Expressão Musical.
"O canto era considerado por Amoros como a expresão mais enérgica das paixões da alma, (sendo assim) o instrumento de civilização, de moralização e de regenaração mais poderoso que existe. [...] Seu emprego na ginástica cumpria, assim, dupla finalidade: desenvolver o aparelho respiratório e, ao mesmo tempo, virtudes. É possível inferir que os cantos, mais do que voltados a uma melhoria da capacidade respiratória, buscavam um efeito político de integração social tornando-se , assim, elemento de moralização"*
No século XIX, portanto, os precursores do que hoje chamamos de Educação Física, incluam a voz e o canto como parte de seus conteúdos, como parte das práticas corporais. Mas com uma finalidade e um entendimento um pouco diferentes. Canto como expressão da alma, e não enquanto "produto sonoro do corpo"**. Canto como instrumento de moralização, e não enquanto caminho para a descoberta do corpo que somos.
A presença de exercícios de voz e canto nas práticas corporais aos poucos foi sendo abandonada, por motivos que eu desconheço. E hoje o trabalho com a voz é absolutamente ausente dos cursos de formção em Educação Física.
* Carmen Lúcia Soares. Imagens da Educação no Corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores Associados, 1998. p. 34-47
** palavras de Edith de Camargo no curso de Voz e corpo nesse fim de semana
No fim do século XVIII e início do século XIX, uma certa preocupação por parte do poder público europeu começou a aparecer: as trabalhadoras e os trabalhadores industriais das nações européias (vulgos cidadãos) necessitavam de um preparo corporal para aguentar as jornadas de trabalho nos campos e nas indústrias que se multiplicavam nas cidades.
É nesse contexto que vão surgir as primeiras formas, organizadas e justificadas cientificamente, de práticas de exercícios físicos. Essas formas metódicas ficaram conhecidas como Métodos Ginásticos Europeus, desenvolvidos principalmente na França, na Suécia, na Dinamarca, na Alemanha e posteriormente nos Estados Unidos, onde se incorporaram as YMCAs.
Na França, mais especificamente em Paris, destacou-se a figura do Coronel Amoros, que a pedido da Coroa Francesa, construiu um dos primeiros Ginásios da Europa, que na época fazia parte do Real Instituto Pestalozziano, escola destinada inicialmente a formação de engenheiros e oficiais, mas que posteriormente se expandiu para outras classes. E dentro do programa Ginástico de Amoros encontravam-se as aulas de Canto e Expressão Musical.
"O canto era considerado por Amoros como a expresão mais enérgica das paixões da alma, (sendo assim) o instrumento de civilização, de moralização e de regenaração mais poderoso que existe. [...] Seu emprego na ginástica cumpria, assim, dupla finalidade: desenvolver o aparelho respiratório e, ao mesmo tempo, virtudes. É possível inferir que os cantos, mais do que voltados a uma melhoria da capacidade respiratória, buscavam um efeito político de integração social tornando-se , assim, elemento de moralização"*
No século XIX, portanto, os precursores do que hoje chamamos de Educação Física, incluam a voz e o canto como parte de seus conteúdos, como parte das práticas corporais. Mas com uma finalidade e um entendimento um pouco diferentes. Canto como expressão da alma, e não enquanto "produto sonoro do corpo"**. Canto como instrumento de moralização, e não enquanto caminho para a descoberta do corpo que somos.
A presença de exercícios de voz e canto nas práticas corporais aos poucos foi sendo abandonada, por motivos que eu desconheço. E hoje o trabalho com a voz é absolutamente ausente dos cursos de formção em Educação Física.
* Carmen Lúcia Soares. Imagens da Educação no Corpo: estudo a partir da ginástica francesa no século XIX. Campinas: Autores Associados, 1998. p. 34-47
** palavras de Edith de Camargo no curso de Voz e corpo nesse fim de semana
quarta-feira, 12 de março de 2008
Conto quantos passos entre a orquídea e a rosa?
Onde gera?
Porque?
Quando jorra?
provocação, intenção, proposta
para compartilhar
para ver, para sentir
para perceber
para se perceber
para ser e sermos juntos
qual é o trabalho mesmo?
um tempo..
um tempo para gerar
um tempo para compartilhar
o tempo, um espaço e um tempo
vejo, não vejo
sinto, percebo um sol, uma lua nova
no campo aberto livre um pássaro grande, uma borboleta e uma rosa amarelo brilhante.
num pântano uma cobra grande mergulhando e uma orquídea.
não vi muito bem, nem sei direito a cor, o que sei que ela só consegue viver ali, na sombra de um canto qualquer, num começo.
Faetusa
Porque?
Quando jorra?
provocação, intenção, proposta
para compartilhar
para ver, para sentir
para perceber
para se perceber
para ser e sermos juntos
qual é o trabalho mesmo?
um tempo..
um tempo para gerar
um tempo para compartilhar
o tempo, um espaço e um tempo
vejo, não vejo
sinto, percebo um sol, uma lua nova
no campo aberto livre um pássaro grande, uma borboleta e uma rosa amarelo brilhante.
num pântano uma cobra grande mergulhando e uma orquídea.
não vi muito bem, nem sei direito a cor, o que sei que ela só consegue viver ali, na sombra de um canto qualquer, num começo.
Faetusa
domingo, 9 de março de 2008
1ª OFICINA ABERTA
ORIGAMI - União de várias pessoas para criar, é um curso de investigação do movimento para a criação em artes performativas que está sendo realizado desde fevereiro no Vila Arte Espaço de Dança. Nossa proposta é oferecer um ambiente curioso e transdisciplinar que transite entre várias áreas artísticas, mas que tenha o corpo como instância primeira de conexão. Para isso, vamos oferecer durante o período do curso, algumas oficinas ministradas por profissionais variados que possam atravessar nosso ambiente investigativo com novas idéias e relações. Porém, essas oficinas serão também abertas à pessoas de fora que possuam interesse pelo assunto proposto e/ou pela dinâmica do próprio ORIGAMI. Queremos mesmo é trocar!!!
Começamos, portanto, com uma oficina de Corpo e Voz com Edith de Camargo.
Dias 15 e 16 de março
Sábado das 14:30 às 16:30
Domingo das 15:00 às 17:00
Investimento: R$20,00
VAGAS LIMITADAS
Incrições pelo telefone: 3233 - 8034
Vila Arte - Espaço de Dança
Rua Saldanha Marinho, 76 - sala 03
Beijinhos .............
Ju Alves :-)
Ju Adur ;-)
Começamos, portanto, com uma oficina de Corpo e Voz com Edith de Camargo.
Dias 15 e 16 de março
Sábado das 14:30 às 16:30
Domingo das 15:00 às 17:00
Investimento: R$20,00
VAGAS LIMITADAS
Incrições pelo telefone: 3233 - 8034
Vila Arte - Espaço de Dança
Rua Saldanha Marinho, 76 - sala 03
Beijinhos .............
Ju Alves :-)
Ju Adur ;-)
sexta-feira, 7 de março de 2008
ligar os pontinhos..
estar entre outros, experimentando, compartilhando.
perceber o diferente de mim, outro corpo, outras questões, outros entendimentos.
como se provoca e como nos deixamos provocar? onde?
dúvida. como somos e o que somos nesse entre?
então um grupo. nos envolvemos. então eu. nos envolvemos
como é essa tal de ligação? ai.. eba!
estar entre outros, experimentando, compartilhando.
perceber o diferente de mim, outro corpo, outras questões, outros entendimentos.
como se provoca e como nos deixamos provocar? onde?
dúvida. como somos e o que somos nesse entre?
então um grupo. nos envolvemos. então eu. nos envolvemos
como é essa tal de ligação? ai.. eba!
domingo, 2 de março de 2008
ai, ai ... essa tal de liberdade ...
Colocando na rede um pouco do que falamos nas duas últimas semanas. Compartilhar.
ESCOLHA. Foi o que me surgiu e o que reverberou para além de nós. Eu posso escolher entrar no jogo ou não. Eu tenho em mim o poder do abandono e do voltar atrás ... ou ir em frente ... ou ... Eu posso mudar tudo a qualquer momento. Isso me liberta? O que vem antes da minha escolha??? E eu escolho o tempo todo e sou livre para escolher o tempo todo e tudo isso me modifica e a você também. Isso é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo. Mas, nas pequenas coisas, naqueles breves momentos cotidianos em que exerço deliciosamente e conscientemente meu livre arbítrio, como é bom perceber os desdobramentos das minhas escolhas.
E sentir que eu posso mover um mundo com elas! MOVAMOS!!!!!!!!!!!!!!
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