quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Contaminações

-Esse que grita sou eu? Pode ser?
-Sim.
-Sim?
-Pode ser.
-E você?
-Não.
-O quê?
-Não posso ser.
-Mas como?
-Somos diferentes.
-Ah é?
-Sim.
-Tudo muda.
-O quê?
-...
-Fala!
-...

O Grito - Edvard Munch

Gerônimo está pulando. Quer sair, dançar, gritar, xingar.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008


Este quadro de Wyeth me faz pensar sobre nosso encontro do origami na quinta -feira .Hesitar mais ao mesmo tempo ser impelido por uma força contida dentro de si mesmo.A força já esta ali em potência.Ebulição constante mesmo na aparente inércia.Olhar e ver, estar atento.Propor ou não propor.Estar ali interferindo em um determinado espaço e sendo interferido por ele.Não há como escapar ,de alguma forma nos modifcamos só pelo "simples" estar ali diante de tantas possibilidades, diante de nós mesmos.A escolha é nossa,mas a força já se faz presente mesmo que embrionária.Pulsa. Citando Paul Klee: "Tornar vísivel o invisivel"

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

RAIVA- Ricardo Passos. Hoje essa pintura me disse alguma coisa.

Uma vontade que fica presa, entalada, no pescoço, no peito, nas mãos, nos olhos. Gritar, puxar os cabelos, quebrar alguns pratos, xingar a "Tia gorda que não espera o desembarque para embarcar". O sol que esquenta demais, o frio que é muito frio, a chuva chata, o tempo seco que seca, o não-ter nada para fazer, o ter muita coisa para fazer, o trânsito caótico, o silêncio irritante da natureza, o Homem, os animais.

Acho que estou um pouco mais aliviado.

Até,
Gerônimo. Ou heterônimo, ou heterônomino, ou pseudônimo, ou sinônimo.