sábado, 26 de abril de 2008

Origamescos Corpografistas!!!



Estou em plena vivência de experimentos e discussões sobre urbanismo, arquitetura com relação ao corpo. Durante essas discussões, nossas propostas de intervir em espaços urbanos tem sido um ponto de onde as questões reverberam para uma reflexão. Estou em outro espaço, com outras pessoas, mas sempre atento para que as conexões formadas por nossa união circulem. E assim, me sinto carregando cada um de vocês comigo!
Veremos como vai ser nosso próximo encontro. Fico curioso pra saber onde estou sendo carregado por cada um de vocês...
Bem, bem, bem... Tenho informações para colocar em trânsito aqui. Essas informações são de textos que colocarei na nossa pastinha. São textos trabalhadas no workshop da Casa Hoffmann, desse fim de semana, que está sendo ministrado pela arquiteta-urbanista Paola Berenstein Jacques (que é autora do texto de onde tirei esses trechos junto com a crítica de dança Fabiana Britto).

“A corpografia é uma cartografia corporal (ou corpo-cartografia, daí corpografia), ou seja, parte da hipótese de que a experiência urbana fica inscrita, em diversas escalas de temporalidade, no próprio corpo daquele que o experimenta, e dessa forma também o definem, mesmo que involuntariamente”

“espetáculo: tudo aquilo que não é participativo”

“Ambiente entendido como um conjunto de condições para as relações acontecerem e a corporeidade entendida como a síntese transitória desse processo contínuo e involuntário”

“Quais seriam as alternativas possíveis ao espetáculo urbano? Como transformar as cenografias urbanas? Através da apropriação, da experiência efetiva ou prática dos espaços urbanos, pela própria experiência corporal, sensorial, da cidade”.

“Através do estudo dos movimentos e gestos do corpo (padrões corporais de ação) poderíamos decifrar suas corpografias e, a partir destas, a própria experiência urbana que as resultou.”

“no momento em que a cidade – o corpo urbano – é experimentada, esta também se inscreve como ação perceptiva e, dessa forma, sobrevive e resiste no corpo de quem a pratica.”

Acho interessante a leitura desses textos e até uma discussão sobre, antes do nosso “circuito de intervenções urbanas”.

Espero que aproveitem!!!Bjos

OFIINA DE IMPROVISAÇÃO COM FÁBIO LINS

quinta-feira, 24 de abril de 2008

ai a imagem ficou pequeninha, to passando o link do site do Mark Ryden, dá pra ver outros trabalhos dele e ver essa imagem em um tamanho maior, o nome dela é "Princess Sputnik"

http://www.markryden.com/

Bom proveito, Gabriel Machado

Infância-conexão-dúvida-lberdade-criação


Quero traçar certos paralelos entre essa imagem de Mark Ryden, que mesmo tendo abertura para inúmeras interpretações, vou me centrar no que mais faz conexão no momento.
Hoje durante nosso encontro, comentei com a Ju Alves, que em certos momentos me senti como uma criança, um bebê mesmo(ó-ó-ó cuti-cuti) e isso trouxe referências e relações que fazem muito sentido, seria como essa configuração, essa lembrança mesmo que remota estivesse presente em tudo. Eu já havia conversado com o Lyncoln sobre isso, lembrando todas as nossas peripécias e catástrofes infantis, e como isso se relacionava com nossa configuração atual. Apesar de tudo ser diferente hoje, o fetozinho ainda está ali, dando uma pitadinha aqui, outra acolá, e às vezes é preciso conversar com esse fetozinho que está ali dentro, para libertar, questionar, duvidar e criar, coisas inerentes a infância. Para correr atrás dos pombos, para brincar com as mãos... Enfim, para não se levar tão a serio.
“Só é possível criar quando se duvida da própria existência”

E rumo a “Genteteca” hohohoho

Beijinhos... Gabriel Machado

Ioooooooooolllll ... quantas conexões!!!!!!!!

Acabo de ler um texto sobre o olhar no meu livrinho "O que é fotografia", e logo em seguida, me deparo com essas novas postagens do nosso multi/trans/inter blog. Fogo ... isso é que é!
Vá lá, a minha contribuição para as conexões infinitas do dia de hoje:

"Nossa apreensão do mundo visível com o binômio olho-cérebro (a retina é efetivamente um prolongamento do tecido cerebral) tem muito pouco a ver com a visão máquina-filme. É lugar comum, quando se trata de explicar o funcionamento da máquina fotográfica, compará-la ao olho humano, mas a semelhança não vai além do aspecto experior, estrutural, e tem muito pouco a ver com o funcionamento de um e de outro. O simples fato de olharmos a realidade objetiva já a transforma. Os olhos, óbvios e transparentes nos caminhos físicos da luz, tornam-se turvos, misteriosos e escuros nos intrincados meandros cerebrais que processam a informação visual. Ali se misturam outras realidades que condicionam, sublimam e tranformam a realidade clarescura da luz. Vemos com mais nitidez o que queremos ver; podemos ver, até, apenas o queremos ver."
Cláudio A. Kubrusly

O que você vê no que estamos a construir juntos??? O que quer ver ... e dar a ver???

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Já que tá que vá!

Já que tocamos neste sentido bem hoje que estou fascinada por um texto do José Gil teremos então mais uma bibliografia na nossa pastinha, ele se chama "Olhar e visão".
Palavrinhas pinceladas do texto...
"Entre dois olhos há a distância de um deserto"

"O olhar escava a visão, imprime sulcos na paisagem...introduz os primeiros filtros seletivos da percepção"

"de onde vejo o mundo?"

"Entre ver passar os barcos e olhar os barcos que passam"

"O olhar não se limita ver, interroga e espera resposta"

"A pele e uma imagem-nua à espera de forma, quer dizer, de encarnar um sentido."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Captando ou Sintonizando os vários sinais liberados até então...

Depois de todo esse tempo que temos passado juntos e de nos percebermos, nos conhecermos e estabelecermos diferentes relações, tenho a sensação de estar sendo tocado e provocado por um tipo de estímulo que se parece com um sintonizador, com um catalisador de nossas conexões.
As vezes eu fico recordando nossos encontros, e relacionando elementos. Não que eu estou querendo criar um encaminhamento, não é isso. É por reconhecer um “lugar quentinhu” (emprestando a expressão emprestada por Ju Adur), que é esse, de perceber que nossas conexões estão levando a um mover, estão colocando vontades em ponto de latência. Resta a inquietação: quando o processo de latência vai ser transposto, e por onde as coisas se expandirão?
Que nossas anteninhas estejam bem atentas para captar e absorver ondas e freqüências, e que a responsabilidade e a generosidade sejam recíprocas entre nós, pois “coisas” estão se processando e se transformando a partir de nossa união e elas precisam de carinho para poderem se sustentar!!!
Não basta olhar somente com os olhos para perceber a grandeza e a beleza das coisas que estamos a construir. Não vamos negar esse nosso poder – é uma ESCOLHA!

Desdobramentos do cocôzinhu

http://br.youtube.com/watch?v=qmVn6b7DdpA
Um link que junta relações com o cocozinhu a um pouc de nostalgia!!!
Importante: mensagem encaminhada sem muitos julgamentos... mas com muita generosidade e necessidade de troca!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Eu mimipulo, tu mimipulas, nós mimipulamos


Tenho pensado na importância do registro das nossas ações origamescas. Ainda com bastante dificuldade em mover certas coisas da minha vida em palavras, me proponho a fazer uma ginastiquinha de escrever cada vez mais. Aí vão algumas anotações sobre a maravilhosa experiência de troca que tivemos com o Dico nessa semana mimipulativa. Ainda bem que continua semana que vem ... rrrrr ... ou será que não termina mais???


1. Se for para pegar, PEGA! Se for para bater BATE! - Fogo nas decisões, adoro isso!!!

2. Criar estratégias para o jogo, com uma certa "maldade". Silêncio e prontidão. Treinamento.

3. Nunca perder tempo se justificando por errar. É só integrar pessoal, é só integrar ...

4. Não tentar adivinhar e preceder as coisas, mas sim reagir com a imaginação. Agora!

5. Olha que bela relação com as sensações: quando a mão está no lugar certo da parede imaginária, ela fica quentinha. E ao sair, esfria. Quem já me ouviu falar do lugar quentinho?

6. Todo objeto invisível deve ser construído.

7. Na manipulação neutra, o manipulador nunca olha para a platéia. Ele olha para o objeto e, ao olhar para o objeto, puxa o olhar da platéia para ele também.

8. Onde termina meu corpo e começa o boneco ... que dizer, onde começa o boneco e termina meu corpo ... quer dizer, "donde termina tu cuerpo y empieza el mio" como canta Jorge Drexler?

9. Mudanças de presença do artista que manipula um objeto externo na ação, daquele que utiliza seu próprio corpo para animar.

10. Oh, my God ... tudo pode ser animado!!!!!! Saímos todos do curso com vontades infinitas de experimentar muito mais. E isso para mim é certamente o mais valioso. As vontades que permanecem vivas. Vamos animar o mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


É isso. Seria bom saber como foi essa semana para vcs também. Feedback nunca é demais!

Beijinhos .......................................

quinta-feira, 17 de abril de 2008

A História do Cocô

"Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedido, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que aparecera no mundo, ele vivia tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:- Hunn! Que coisa fedida! Diziam as crianças.- Cuidado! Não encostem na sujeira! Avisavam os adultos. E o cocozinho, sozinho, passava o tempo cantando triste:Sou um pobre cocozinhoTão feiinho, fedidinhoEu não sirvo pra nada. Ninguém quer saber de mim...De vez em quando ele via uma criança e torcia para que ela chegasse perto dele, mas era sempre a mesma coisa:- Olha que porcaria repetiam todos. Não restava nada para o cocô fazer, a não ser cantar baixinho: Sou um pobre cocozinho Tão feinho, fedidinho Eu não sirvo pra nada. Ninguém quer saber de mim...
Assim o tempo foi passando e o cocozinho continuava lá no pasto sozinho. Um dia ele viu que um homem aproximar-se, já a imaginar o que ia acontecer, o cocozinho encolheu-se. “Mais um que vai gozar”, pensou.Mas...oh! Surpresa! O homem foi aproximando-se, foi abrindo um sorriso e seu rosto iluminou-se:- Mas que maravilha! Que belo cocô! Era exactamente disto que estava precisando!O cocô nem acreditava no que estava ouvindo. Maravilha, ele? Precisando? Aquele homem devia ser maluco!Pois aquele homem era um jardineiro. E usando uma pá, com todo cuidado, ele levou o cocozinho para um lindo jardim. Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira. E depois de alguns dias, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que, graças a sua força, a roseira tinha feito brotar uma magnífica rosa vermelha."

Não consegui achar o nome do autor... depois de ter feito de minha mão um personagem, e de criar sentimentos para objetos, penso nas possibilidades de relções, e sem julgar de mais alastro minhas percepções!!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

domingo, 6 de abril de 2008

Beleza aprisionada na forma e Beleza Sublime


Tenho pensado na “crueldade” de Artaud!
As experiências de criação, e vivências de um espaço vivo trouxeram uma reflexão sobre como começar, sobre experiência ao invés de exercício, sobre estrutura e autonomia, e não métodos fixos.
Quando separações de posturas em estúdio de ensaio e em palco se dissolvem, a responsabilidade pesa, pois sendo assim se está constantemente diante da obra presente, atual, ativa. Há que se abrir a percepção ao que ainda não começou a existir. Há a quentão do tempo e da expectativa. Qual deve ser a medida certa de passado, e preocupação não desesperada com o futuro? Pois mesmo com a percepção aguçada para compor um espaço onde as ações ainda não existem, é impossível dissociar-nos dessa questão de tempo, é preciso não viver morto, no passado (repetir, representar), nem afogar-se nas expectativas do futuro, muito menos doar-se somente ao presente caótico e dionisíaco. Não há que se pensar em separações, as coisas já são devidamente misturadas, evidenciar uma dessas separações, é sufocar outras, e não dar fluxo para a espontaneidade, o que comprometerá totalmente a expressão.
Tomemos cuidado para não estarmos mortos já no nosso nascimento! Que se esteja atento para perceber que a “crueldade” é o primordial da consciência, é a vida a partir da morte do Deus, do retorno.


Sobre Repetições e Espontaneidades.
Algumas discussões sobre gesto e mímica, fizeram despertar o interesse no apresentado e no representado.
Há que se tomar cuidado ao julgar as nossas expressões. Nossa linguagem está completamente dissolvida em nossas metáforas, enquanto falamos a necessidade de extrapolar ao verbo a expressão desejada, é facilmente notada nas nossas gesticulações. Qual seria o sentido do gesto? Reforçar a mensagem?
Nesse momento, acho importante pensar no que é apresentado e no que é representado, no que é apenas repetido e não criado, e no que é espontâneo e vivo. Quando o gesto é apenas repetido, e quando ele é espontâneo?
Penso que o gesto, sinteticamente, participa da linguagem, como metáfora, e como suprimento de um desejo de expressão não alcançado pela palavra. E que a forma como ele irá exteriorizar-se está diretamente ligado à intensidade desse desejo. Por isso, o gesto mesmo que mimético, ou figurado, pode ser encarado como mímica, mas acredito que não seja tão simples caracterizá-lo como representativo e não espontâneo. Seu fim pode, em alguns momentos, ser reconhecido como repetição, mas sua origem com certeza é sempre originária de uma espontaneidade nascida de um deslocamento do desejo.
São algumas reflexões, e angústias que gostaria de compartilhar...

Uma estrutura se formando:
Gesto, sua intesidade e forma - relaçoes de interesse e sedução na linguagem - vontade e objeto - desdobramentos do desejo.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Fronteiras

Onde?
Lugares e conexões.
pra que lugar vai o respeito de nossas anteninhas?! O que se move?
Em configurações diferenciadas como fica nosso gesto?
QUANTAS DUVIDAS.

movimento em espaço virtual.

Não fui eu, não fui eu...

E não fui eu quem queimou o computador 45...

Encontro na lan house

Para TODOS entrarem no espaço tecnologico origamico...
Ver videozinhos...
estar em conexão...
e movimentar mais esse espaço cybernetico...
e criar, criar, criar, criar...

Comunicação e Expressão

O que queremos com nossos gestos?

Expressar uma idéia?

Comunicar precisamente uma informação?

A idéia de comunicação, como algo preciso que define uma informação clara e objetiva, parece estar ligada a mímica. Gesto codificado, plástico (?) que exprime uma única coisa. Mímica.

Parece-me mais interessante num trabalho artístico não fechar tanto as idéias, o que provavelmente tenha feito a gente fugir (com ou sem sucesso) dos gestos codificados, da mímica.

Quando movemos a partir da lembrança que temos de algo, tentando expressá-lo, é muito mais fácil recorrer a códigos prontos, que apenas reproduzimos em nosso corpo.

Fugir da mímica significa buscar uma vontade de mover que é despertada por alguma lembrança.

Mover o meu café-da-manhã significa acessar no meu corpo o que a lembrança do meu café-da-manhã me provoca. Os movimentos de pegar a xícara e levá-la a boca são apenas algumas das informações que ficam registradas sobre o café-da-manhã.

O gosto do café. O cheiro do pão. O cheiro do café. O gosto do pão. A música que tocava no vizinho. A textura da toalha na mesa. Várias outras informações que também fizeram parte do café da manhã, que podem ter sido armazenadas e que podem provocar uma vontade de mover quando acessadas. Mas que numa mímica/caricatura do café-da-manhã ficariam de fora, subsituídas por movimentos de levar a xícara à boca.

Expressar algo, mover algo, sem caricaturas parece ter uma amplitude maior de ambos os lados. Da vontade de mover, que pode surgir de mais lugares/informações. E do que isso significa para quem vê, que não necessariamente vai associar o movimento a um único significado, risco imanente da mímica.

virtual origami :)

Ação: encontro para criar - Lan House
Dia: 04 de abril de 2008 das 10h às 12h
Número de agentes: 6
Objetivo: movimentar o blog e compartilhar vídeos
Imprevisto: queimamos o monitor no computador 45

Momento virtual presencial que permite a propulsão de novas idéias e olhares.