segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Viagem rumo à cidade imaginária

- O Percurso
Uma viagem dentro da própria cidade. Turistas (re)visitando lugares tão conhecidos mas com uma outra intenção, um outro olhar: um olhar de turista.
O olhar de turista é curioso, atento. Percebe os cantos mais escondidos, o cheiro, os sons, o gosto do lugar.
O meu corpo preenchia os espaços da cidade interferindo no ambiente e sendo modificado pelo contato com as pessoas, os sons.

-A Cidade
"Pombal". Lugar abandonado, repleto de pombas. Forte cheiro de urina e fezes. Cidade esquecida no tempo e no espaço. Ninguém repara. Todos passam com pressa.
O percurso até Pombal foi ótimo. Pombal foi decepcionante mas tem a sua história e ela grita. Pena que ninguém escuta.
Fachada de Pombal

Rafael Di Lari

domingo, 28 de setembro de 2008

Francis bacon

Inocêncio X grita,mas grita por trás da cortina,não apenas como alguém que não pode mais ser visto,mas como alguém que naõ vê,nada mais tem para ver, que tem apenas por função tornar visíveis essas forças do invisível que o fazem gritar, essas potências do futuro.
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Deleuze,Gilles.Francis Bacon.Lógica da sensação

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

tempo Paralelo

Diário de bordo


Ponto de partida : Uma grande incógnita, não sabia ao certo o que seria aquilo tudo.

Experiência nova, segui o meu percurso. Estabeleci três ações específicas: 1º buscar um espaço de solidão para permanecer ;2 ºParar em algum lugar para ler;3ºObservar e se aproximar da natureza dentro da cidade.

Esta três ações estabeleci no meu mapa antes de sair, mas quando sai , ao começar o percurso efetivamente, algumas coisas que não estavam no roteiro, começaram a surgir involuntariamente, como por exemplo o meu interesse em perceber a cidade sob novos aspectos que foi o que ficou o tempo todo entre as minhas três ações especificas. Foi interessante me deixar levar, quando vi me deparei com um poste que nunca havia percebido, parei algum tempo olhando pra ele, as pessoas passavam por mim e davam uma olhada discreta, O ritmo entre eu e aquelas pessoas havia sido quebrado , uma correria constante, as pessoas não param , ficam pra cima e pra baixo, tudo muito mecânico, automático e eu também no dia á dia sigo esse fluxo.M as neste dia me permiti parar, quebrar o ritmo da massa e parei, me permiti ficar ali olhando as formas circulares do poste vista de cima e as pedrinhas da calçada. A principio isto me causou um estranhamento, mais insisti e aos poucos fui me permitindo estar ali, sem aquela noção de estar perdendo tempo por não estar fazendo algo mais prático ou objetivo. Continuei meu percurso parei em frente a uma praça , me sentei e li um pouco, mais uma força maior me puxava em continuar simplesmente só observando sem fazer nada de concreto , simplesmente estar ali, sentindo o sol, olhando pra cima. Fiquei um tempo ali, depois fui andando e ainda dentro desta sensação fui percebendo a natureza que envolve a cidade, fotografei coisas que foram me chamando a atenção. Naquele momento era como se eu estivesse num outro tempo,não que estivesse em transe,mais como eu estava fazendo uma coisa que normalmente não faço e tinha quebrado minha própria rotina, tudo foi me envolvendo de um forma prazeirosa. Então aquela sensação inicial de incógnita foi se desmanchando, fiz umas fotos minhas em um dos momentos e continuei meu trajeto até meu ponto de chegada,minha cidade que até então não sabia o nome, mais que ao terminar o percurso chamei de Cidade Tempo Paralelo.




Adriano Carvalhaes
16/09/2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Rasante


Pois, viaja perto
Mas mesmo perto desconhece a distância

Quase pousa,
O pouso seria menor do que o movimento

Viaja, desloca, procura, conhece
Desconhece cada vez mais

Observa,
Deslumbrado fica feliz por já estar mais distante do seu comum...
Dia pós dia...