Achei hoje essa imagem do Trevor ...acho que nao preciso falar mais nada...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
O Feto
Não quero ser o feto que espera, não, quero ser o feto quimera. O feto que pode e que transcende o dia adjacente ao poente ou transcende a noite que dorme. Quero ser o feto que transborda e que delira, aquele feto que não espera os fatos, mas que pratica. Ser feto quimera é ser mais que feto. É ser constante, é ser pertinente ao dia. Ser feto não é ser hora. É ser aqui e agora a qualquer hora. Livre-se desse dia que tenta pontuar o ritmo. Deixe esse fluir de feto caminhar seus passos. Seja feto. Mas seja, de verdade, a própria hora. Marque seu ritmo não de 5 em 5 segundos. Marque seu ritmo de olhar em olhar. De processo. Ser histórico não é lembrar da hora. Nem chegar atrasado. Ser histórico é ser processo. Isso é ser feto de fato. Isso transcende qualquer hora do dia ou da noite.
(Debora Alvadore, http://ocadernopretosemdecoro.blogspot.com/, Imagem: Trevor Brown)
sexta-feira, 13 de junho de 2008
SOBRE CONVERSAS: EDIÇÕES...
"Mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou uma pessoa de ter fome e da preocupação de viver melhor, quanto extrair, daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome. Todas nossas idéias sobre a vida têm de ser revistas numa época em que nada mais adere à vida. E esta penosa cisão é motivo para as coisas se vingarem, e a poesia que não está mais em nós e que não conseguimos encontrar mais nas coisas reaparece, de repente, pelo lado mau das coisas; e nunca se viu tantos crimes, cuja gratuita estranheza só se explica por nossa impotência em possuir a vida. Se o teatro existe para permitir que o recalcado viva, uma espécie de atroz poesia expressa-se através de atos estranhos onde as alterações do fato de viver mostram que a intensidade da vida está intacta e que bastaria dirigi-la melhor".
Antonin Artaud
“Há pelo menos dois modos de considerar um caminhar, e cada um deles tem suas próprias conseqüências éticas. O primeiro consiste em levar em conta apenas o ponto de chegada. É o que poderíamos chamar de “viagem de resultados”. O que interessa é o ponto final. No segundo, o interesse maior está voltado para o trajeto, isto é, para o processo. Diz-se então que o caminho se faz ao caminhar, desvela-se à medida em que o percorremos. No primeiro caso estamos preocupados com um ponto, com uma coisa. No segundo, interessa-nos um processo. Na primeira circunstância abrevia-se o mais possível o caminho, porque ele não interessa. Na segunda, busca-se a experiência do trajeto”.
(“CIÊNCIA COGNITIVA E EXPERIÊNCIA HUMANA - Cognitivismo, Conexionismo e Ciência Cognitiva Enativa: Suas Implicações Éticas”. Humberto Mariotti).
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Qualquer coisa que nao fixe - e que nao fique ilesa!!!
Um rinoceronte estava rondando a sala de encontros do ORIGAMI. Encontrava sempre com ele. E ele a perguntar: será que um dia eu entro aí? E eu nunca sabia a resposta... Até que um dia ele me perguntou onde EU estava, logo respondi: vc está aí... e apontei para ele! Ele insistiu, perguntou de novo, dizendo: não pergunto sobre você, pergunto sobre EU. Então entendi e disse: EU - apontando pra ELE - estou em todos os lugares onde EU apontar! Então ele apontou para mim e disse: EU estou aí! E no sorriso que ele me deu consegui perceber que agora ele poderia entrar na sala e ficar tranquilo!
RINOCERONTE: SEJA BEM VINDO!!!
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